Apresentação
A obra “História da Tigresa” foi escrita e apresentada entre 1979 a 1981 pelo italiano Dario Fo (Nobel de literatura em 1997), a partir de uma viagem feita pelo autor à China.
A “História da Tigresa” acontece durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, que durou de 1937 a 1945. Os japoneses invadiram a Manchúria, uma vasta região do leste da Ásia. A invasão japonesa provocou a união entre as diferentes forças e facções políticas da China, nacionalistas e comunistas. Mas as constantes divergências entre essas duas facções fizeram com que se rompesse a aliança, eclodindo uma guerra entre três forças, japoneses, nacionalistas e comunistas.
O espetáculo mostra como o interesse de certas forças políticas nada tem haver com as necessidades do povo, e sim, em um interesse pelo poder. Trata da luta do povo no seu dia-a-dia contra a burocracia e a demagogia dos políticos.
O nosso “herói” - um soldado chinês – consegue com astúcia e um pouco de sorte, se livrar de várias situações inusitadas depois de se separar de sua tropa. Enfrenta tempestades, escala montanhas, sobrevive a diversas intempéries até se abrigar em uma gruta. Ali, ele tem um inusitado encontro com uma tigresa e seus filhotes, começando uma estranha relação entre homem e animal.
Cansado de seu “casamento” com a tigresa, ele foge desesperadamente sem rumo. Depois de caminhar dias, semanas e por fim meses, encontra acidentalmente uma vila que ainda não foi atingida pelas invasões. Ali ele conta suas peripécias, mas ninguém o leva a sério. Entretanto a tigresa e o tigrinho o reencontram. Os dois acabam virando a grande arma para expulsar os invasores.
Concepção do espetáculo
É na tradição oral que se fundamenta a identidade cultural mais profunda de um povo. Em muitas culturas, a identidade do grupo estava sob guarda de contadores de histórias, cantores e outros tipos de arautos, que eram os portadores da memória da comunidade.
Buscando referências no próprio autor e ator, Dario Fo, e também nas tradições orais, o espetáculo retoma a simplicidade de um bom “causo”, contado para informar e também entreter.
Um ator, uma boa história e um palco vazio. A palavra cria cenários, imagens, instiga o espectador a acompanhar o personagem em sua incrível jornada. Um espetáculo no qual os objetos, personagens e paisagens surgem pela sugestão, pela ação - física e vocal - do ator. O espaço se transforma na relação do ator com o espectador através da palavra.
O figurino, criado por Daniel Lion, traz uma neutralidade que possibilita a liberdade de movimentações para o ator. Confeccionado em uma única cor clara e opaca. Não há cenários no espetáculo, todas as imagens são criadas pelo ator através das suas ações físicas e vocais. A iluminação, criada e operada por Batista Freire, é muito simples, com poucos movimentos e quase sem cores. Trabalhando com intensidades, para destacar alguns aspectos da história.
Não há músicas no espetáculo; apenas uma gravação radiofônica que situa o espectador em um momento de guerra. A direção é de Arlete Cunha. Os trabalhos foram realizados em quatro meses de ensaios, e mais dois meses de trabalho de mesa totalizando seis meses.
O figurino, criado por Daniel Lion, traz uma neutralidade que possibilita a liberdade de movimentações para o ator. Confeccionado em uma única cor clara e opaca. Não há cenários no espetáculo, todas as imagens são criadas pelo ator através das suas ações físicas e vocais. A iluminação, criada e operada por Batista Freire, é muito simples, com poucos movimentos e quase sem cores. Trabalhando com intensidades, para destacar alguns aspectos da história.
Não há músicas no espetáculo; apenas uma gravação radiofônica que situa o espectador em um momento de guerra. A direção é de Arlete Cunha. Os trabalhos foram realizados em quatro meses de ensaios, e mais dois meses de trabalho de mesa totalizando seis meses.
Sinopse do espetáculo
O espetáculo conta a homérica história de um soldado chinês que por motivos alheios se separa de sua tropa. Entregue a própria sorte, ele se vê obrigado a salvar o único fio de vida que lhe resta. Enfrenta tempestades, avalanches de água, escala montanhas, corre por descampados enormes, sobe encostas, até que encontra uma gruta onde pode se abrigar. Entretanto, ali também é a morada de uma tigresa e seus filhotes. Surpreendentemente ele não vira comida de tigres. Ao invés disso começa uma relação nada comum entre um homem e um animal.
Ficha técnica
Texto: História da tigresa
Autor: Dario Fo
Atuação: Anderson Balhero
Direção: Arlete Cunha
Iluminação: Bathista freire
Operação de luz: Bathista Freire
Figurino: Daniel Lion
Produção executiva: Anderson Balhero
Fotografia: Vilmar Carvalho e Tiemy Sato
Duração do espetáculo: 1 hora
Classificação etária: 12 anos
Breve histórico do grupo
Anderson Balhero é ator, produtor cultural e artista circense; trabalha profissionalmente desde 1999. Nasceu no estado do Amapá mais precisamente na capital, Macapá; nesse estado trabalhou com alguns diretores de teatro conhecidos regionalmente e outros nacionalmente tais como Herbert Emanuel, Zenildes Pereira e Amir Adad; nesses 11 anos de vida teatral participou de algumas montagens de espetáculo: “A megera domada”; “Gonzaga e a revolução de Minas”; “Hiléia desvairada”; “Cyrano nas nuvens”; “O hipnotizador de jacarés” entre outros. Atualmente faz parte da companhia Circo Teatro Girassol, de Porto Alegre / Rio Grande do Sul. É ator e fundador da Companhia teatral Destemperados. História da Tigresa é o primeiro trabalho da companhia.